A pHmetria é o exame considerado padrão-ouro para o diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Ele permite medir a exposição do esôfago ao ácido proveniente do estômago (refluxo) em um período de 24 horas, diferenciando uma exposição normal (fisiológica) de uma anormal (patológica), inclusive fazendo uma correlação deste refluxo com sintomas apresentados durante a monitorização. Para isso, utilizamos um ou mais sensores de pH, presentes em uma sonda fina, que é passada através de uma das narinas e posicionada no esôfago, após anestesia local. Esta sonda é fixada no rosto e atrás da orelha e fica acoplada a um pequeno gravador. Você receberá um diário, no qual fará anotações durante todo o exame, relatando os horários exatos das suas refeições, os períodos em que fica deitado e qualquer sintoma que venha a apresentar. Isso deve ser feito de maneira bem cuidadosa. É importante que o dia do exame seja semelhante ao seu dia a dia normal, o que faz com que o resultado seja mais fiel. A alimentação durante o período do exame é normal. O exame não é doloroso, embora a passagem da sonda possa estar associada a certo desconforto, como náuseas, que normalmente melhoram significativamente quando a sonda entra no esôfago. Requer jejum, de cerca de 6 horas e é fundamental suspender medicamentos para o estômago e refluxo. No caso de Ranitidina, Omeprazol, Lansoprazol, Pantoprazol, Rabeprazol e Esomeprazol, a suspensão deve ser por 1 semana. Plamet, Domperidona, Motilium, Bromoprida, Digesan e antiácidos devem ser retirados pelo menos 48 horas antes. Recomenda-se que o local de posicionamento dos sensores de pH no esôfago seja determinado por uma manometria esofágica prévia.